Um evento evangélico realizado em Vila Velha (ES) entrou na mira do
Ministério Público de Contas, que agora quer levar adiante uma ação
cobrando os valores investidos pela prefeitura do município como forma
de patrocínio.
Na avaliação do MPC, o evento Proclamação do Evangelho não teve
relevância cultural ou turística para a cidade, e por isso, os
organizadores deveriam devolver os R$ 150 mil aplicados pela prefeitura
em maio de 2015.
No documento do MPC, o vereador Anderson de Oliveira
Almeida (PV), evangélico, também é citado ao lado da Associação dos
Pastores Evangélicos de Vila Velha (ASPEVIVE). À época, o político era
secretário de Cultura da cidade, de acordo com informações do Século
Diário.
O evento reuniu apenas fiéis evangélicos, com apresentações de
cantores gospel, e a divulgação foi feita através de inserções em uma
rádio voltada ao público evangélico. “As constatações mencionadas acima
ratificam que o responsável se valeu de um comportamento irregular,
destoante da Carta Magna, com a finalidade de favorecer certas
confissões religiosas em detrimento do interesse público em geral,
devendo, pois, serem restituídos os valores empregados indevidamente,
independentemente da forma de sua utilização”, frisa o MPC.
Para o órgão, o evento caracterizou fomento à religião e culto
religioso com dinheiro público, o que é considerado grave infração à
norma legal. O total a ser devolvido, caso a Justiça decida a favor das
alegações do MPC, é de R$ 149.995,00.
Fonte: Gospel+
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