O presidente Michel Temer (PMDB) se pronunciou sobre as acusações
feitas na delação premiada dos executivos da empreiteira Odebrecht
contra integrantes de sua equipe de governo e afirmou que o país precisa
resolver “imediatamente” todas as questões que envolvam denúncias de
corrupção.
Em um discurso feito no Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) na
última segunda-feira, 12 de dezembro, o presidente pediu que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, trate com “celeridade” as
investigações.
Temer também criticou a “ilegítima divulgação” de
delações premiadas, feita pela imprensa. “Se houver delitos, malfeitos,
que venham todos à luz de uma única vez. Como aliás peticionei hoje ao
senhor procurador-geral da República, para dizer: ‘Olha, se há centenas
de fatores, que todos venham à luz’. Porque o Brasil precisa resolver
isso imediatamente”, disse.
O presidente foi mencionado no documento de pré-delação do executivo
Cláudio Melo Filho, um dos 77 que atuavam em nome da empreiteira durante
o período investigado. Segundo o delator, Temer teria pedido R$ 10
milhões a Marcelo Odebrecht em 2014 para a campanha eleitoral.
Na última sexta-feira, a assessoria da Presidência publicou uma nota
oficial que afirmava que Temer “repudia com veemência” a alegação. Ja
nesta segunda, o presidente reiterou: “Não pode aquietar-se em face
daquilo que é mal produzido, mas também não pode paralisar as suas
atividades”.
Reformas
Sobre as ações governamentais, Temer disse que tem trabalhado para
aprovar reformas que considera necessárias para o Brasil, como a PEC do
teto dos gastos públicos e a previdência. “Precisamos de muita coragem
no Brasil. Coragem para fazer coisas aparentemente impopulares, mas que
gerarão popularidade logo ali adiante”, afirmou.
“Nós precisamos dar uma nova fisionomia ao Brasil, e por isso que eu
aceitei logo o teto dos gastos públicos. Porque eu gosto de gastar. O
Meireles não gosta. Mas eu gostaria imensamente de poder apanhar tudo o
que estivesse na burra do estado e fazer um governo”, disse, admitindo
que é tentador realizar obras para que o nome fique marcado como alguém
empreendedor.
Por fim, ele lamentou as críticas à reforma da Previdência. “Eu
apreciaria imensamente não ser muitas vezes vergastado, chicoteado pelas
redes sociais. Porque nós propusemos aquilo que é fundamental ao país,
que é uma reforma da Previdência Social. Nós não estamos pensando em
nós, estamos pensando naqueles que virão. Nós precisamos reformar a
Previdência hoje para garantir a Previdência amanhã”, concluiu, segundo
informações do G1.
Fonte: Gospel+
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