A intenção de Donald Trump em reconhecer Jerusalém como a capital
unificada de Israel tem deixado os países árabes de governo islâmico em
polvorosa, incluindo ameaças de guerra por parte do Irã, nação que há
tempos fala em aniquilar Israel do mapa.
No último domingo, 11 de dezembro, o ministro da Defesa do Irã, Hossein Dehghan, disse que a postura de Trump sobre Jerusalém
e sua ameaça de romper o acordo nuclear com seu país – assinado por
Barack Obama debaixo de críticas intensas – poderá levar o mundo a uma
guerra.
“Apesar de ele ser um homem de negócios, os assistentes
que [Trump] escolheu podem traçar um caminho diferente para ele. Isso
pode levar a inquietações, particularmente entre os países do Golfo”,
afirmou Dehgan durante uma entrevista em Teerã. “Os inimigos podem
querer impor uma guerra contra nós com base em dados falsos e só levando
em consideração sua capacidade material. Pois essa guerra significaria a
destruição do regime sionista [Israel], engoliria toda a região e pode
levar a uma guerra mundial”, insinuou.
As queixas do político iraniano surgem após a equipe de transição
reforçarem que Trump tem a ideia fixa de mudar a embaixada
norte-americana em Israel para Jerusalém. A questão nuclear do Irã, que foi considerada “um desastre” pelo presidente eleito, ainda não foi tema de novas declarações após a eleição.
No mesmo contexto, o representante da Autoridade Palestina na
Organização das Nações Unidas (ONU), Riyad Mansour, ameaçou tornar
“miserável” a vida dos Estados Unidos caso a embaixada do país em Israel
saia de Tel-Aviv.
A grande preocupação internacional é que um grande conflito surja a
partir da luta contra o Estado Islâmico na Síria e no norte do Iraque. O
governo do Irã é aliado da Rússia na frente que combate os extremistas
muçulmanos e os rebeldes sírios, enquanto os Estados Unidos apoiam os
rebeldes sírios no combate às forças do ditador Bashar Al-Assad e do
Estado Islâmico.
O Irã citou que uma das primeiras consequências de um conflito na
região seria a destruição de cidades-estados no Golfo Pérsico, como
Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Qatar, todos aliados dos Estados
Unidos nas questões políticas da região. Meses antes, o governo iraniano
insinuou que teria 100 mil mísseis apontados para a direção de Israel.
O que pode trazer um pouco de calma à região é a possibilidade de
renovação das relações diplomáticas entre as duas superpotências
militares, Estados Unidos e Rússia. simpatia” que o governo russo tem
pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que também
teceu elogios ao colega russo, Vladimir Putin.
Fonte: Gospel+
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