A pregação do Evangelho, que inclui frisar que a homossexualidade é
pecado, está custando milhões de dólares a igrejas norte-americanas, que
ainda assim, têm se empenhado em pagar esse preço.
Todo o imbróglio nasceu quando a Presbyterian Church of United States
of America (PCUSA), uma das maiores convenções presbiterianas dos
Estados Unidos, decidiu, ainda em 2012, iniciar o processo de aceitação
do casamento gay. O trâmite foi concluído em 2015, e desde então, diversas congregações intensificaram o processo de desligamento da PCUSA.
Na prática, as igrejas presbiterianas ligadas à PCUSA
aceitam a prática homossexual entre membros, pastores e demais
sacerdotes, e realiza cerimônias de união entre pessoas do mesmo sexo.
Assim, igrejas que eram filiadas à PCUSA fundaram o Evangelical Covenant
Order of Presbyterians – ECO (“pacto evangélico da ordem dos
presbiterianos”, em tradução livre).
De acordo com informações do Christian Post, o ECO reúne
aproximadamente 20 mil congregações presbiterianas, e nos últimos meses,
as igrejas que possuem megatemplos têm reunido milhões de dólares para
pagar à PCUSA a “título de compensação” por sua saída, e assim, ficar
com a estrutura e poder pregar com liberdade, incluindo a denúncia do
pecado da homossexualidade.
A Menlo Park Presbyterian Church, sediada em São Francisco, Califórnia, liderada pelo pastor e escritor John Ortbeg, pagou US$ 9 milhões pelo templo
que a congregação usa, construído a mais de um século. O mesmo desfecho
se desenha para a Highland Park Presbyterian Church, em Dallas, no
estado do Texas. Lá, o custo chegará a US$ 8 milhões.
“Depois de um longo processo, buscamos a vontade de Deus para este
assunto, entendemos que fizemos o melhor que pudemos neste momento”,
disse um dos líderes da igreja, agora ligada à ECO.
Brecha
A saída das igrejas da PCUSA foi possibilitada por uma divergência
teológica mais acentuada: a justificativa principal foi a crítica à
postura da convenção de não crer em Jesus como divindade e nem
estabelecer que a salvação acontece apenas através de Cristo.
Os presbiterianos tradicionais repudiaram essa postura, destacando que, ao longo de séculos, a denominação havia sido um dos principais baluartes dos valores cristãos, e como resultado, estão despendendo altas quantias para garantir que a mensagem sã continue sendo pregada.
O rompimento com a PCUSA não aconteceu apenas por parte das igrejas
presbiterianas dos Estados Unidos. A Igreja Presbiteriana do Brasil e a
Igreja Presbiteriana Independente também romperam com a convenção após a decisão de aceitar a homossexualidade.
Fonte: Gospel+
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