Quatro adolescentes cristãs foram presas e condenadas a cumprir pena
na prisão sob a acusação de “incitar a violência religiosa” na Etiópia.
Gifti e Mihiret, de 14 anos; Eden, de 15; e Deborah, de 18,
distribuíram livros com mensagens cristãs “para combater polêmicas de um
crítico muçulmano famoso”, que fazia acusações infundadas aos
seguidores de Jesus.
Segundo informações da entidade de proteção dos direitos
humanos World Watch Monitor, elas serão mantidas no complexo
penitenciário de Gelemso, localizado em uma região de maioria muçulmana
chamada Oromiya.
De acordo com o Christian Today,
ainda há possibilidade de recurso, e a defesa das meninas apresentou
seus argumentos, destacando que a distribuição do livro, intitulado
“Let’s speak the truth in love: Answers to questions by Ahmed Deedat”
(“Vamos falar a verdade em amor: respostas às perguntas, por Ahmed
Deedat”, em tradução livre), tinha como propósito apresentar a versão
dos cristãos para as alegações feitas por líderes muçulmanos.
O livro rebate os ataques feitos por um líder muçulmano conhecido
como Deedat, já falecido, que era acusado de manter ligações com o
terrorista Osama Bin Laden. Em vida, Deedat ficou conhecido popularmente
por ridicularizar a fé cristã, zombando da crucificação e ressurreição
de Jesus.
Quando o livro foi publicado, os muçulmanos etíopes consideraram o
material um insulto. Hoje, a região de Oromiya está no coração da
convulsão social que a Etiópia atravessa. Cristãos da região têm sido
perseguidos e tentam exigir que os seus direitos humanos sejam
respeitados, o que invariavelmente causa reação de extremistas contra
eles.
Quase metade dos oromos são muçulmanos, mas o cristianismo evangélico
é a religião que mais cresce. Além disso, muitos ainda seguem a
religião tradicional ancestral da região. No mês passado, cerca de 700
pessoas foram massacradas em uma manifestação pacífica durante um
festival de ação de graças, causando indignação internacional e levando a
um estado de emergência.
Logo depois desses incidentes, as adolescentes foram presas. Eden foi
espancada em sua primeira noite na prisão. “Este sofrimento é uma honra
para nós. Devemos esperar perseguição. Não temos medo. Estamos cantando
e orando aqui… na prisão”, afirmou Deborah. “É uma honra ser preso por
causa do Reino de Deus”, acrescentou.
A Etiópia integra a lista da Missão Portas Abertas dos 50 países que
mais perseguem os cristãos, e atualmente ocupa o 18º pior lugar para um
seguidor de Jesus Cristo viver.
Fonte: Gospel+
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