O estado do Rio de Janeiro vive uma grave crise econômica e a cidade
convive há décadas com um seríssimo problema de segurança, que tem no
centro da questão o tráfico de drogas e armas. Para resolver isso não
existe medida simples, mas o prefeito eleito Marcelo Crivella (PRB), fez
uma proposta radical: fazer muros em volta da cidade.
A sugestão vem num momento de agravamento da crise de segurança: no
último sábado, 19 de novembro, um helicóptero da Polícia foi abatido
sobre o bairro Cidade de Deus após flagrar suspeitos andando armados nas
ruas. Na queda, quatro policiais foram mortos e, em resposta, uma
operação de ocupação da área foi montada e resultou na descoberta de
sete cadáveres na comunidade.
“Estamos vivendo uma profunda crise moral. [A cidade]
deveria ser murada como Jerusalém”, afirmou Marcelo Crivella, que acaba
de voltar de uma viagem a Israel. A ideia do prefeito eleito é que, com
muros, seria mais fácil impedir a entrada de drogas e armas no Rio de
Janeiro. A “solução”, no entanto, não contempla as grandes áreas de mata
e a, famosa, costa litorânea.
De acordo com informações do Radar Online, da revista Veja, a
declaração foi feita durante um encontro com líderes judaicos e
evangélicos realizado na tarde da última segunda-feira, 21 de novembro.
O evento, que aconteceu na Catedral Mundial da Fé, da Igreja
Universal do Reino de Deus, no bairro Del Castilho, foi organizado pela
vereadora Teresa Bergher (PSDB). No megatemplo, há uma maquete que
reproduz Jerusalém que, segundo Crivella, “os evangélicos adoram”,
porque permite uma compreensão de como é a cidade.
No evento, Crivella conversou Natan Sharansky, um dos principais
líderes judaicos do planeta, conhecido defensor da democracia, e
ex-preso político durante o regime soviético, quando foi mandado para os
campos de trabalhos forçados da Sibéria.
Fonte: Gospel+
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