segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Acabou o discurso de golpe: eleições mostram que o Brasil quer o PT e seus políticos longe do poder

O Partido dos Trabalhadores (PT) experimentou uma derrota intensa e humilhante nas urnas, tendo uma redução de 94,1% no número de grandes cidades que administrará nos próximos quatro anos.

Em 2012 o PT elegeu 17 prefeitos em cidades com mais de 200 mil eleitores, e neste ano, após os efeitos da Operação Lava-Jato – que denunciou o esquema de corrupção montado pelo partido para se apossar de recursos públicos – e do impeachment de Dilma Rousseff, o número caiu para apenas um.

Em contrapartida, o principal antagonista do PT, PSDB, se tornou o maior vitorioso nas urnas nesse segundo turno, conquistando 28 prefeituras de cidades com mais de 200 mil eleitores. O crescimento em relação a 2012 foi de 47,4%.

A derrota acachapante do PT nas eleições 2016 como um todo pode ser resumida com alguns exemplos. Em São Bernardo do Campo, cidade onde Lula começou sua carreira e reside até hoje, o filho do ex-presidente, Marcos Lula, não conseguiu se eleger vereador. No segundo turno, o vencedor da disputa foi Orlando Morando, do PSDB.

Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) perdeu a eleição em primeiro turno para João Dória (PSDB). Haddad, que foi ministro da Educação entre 2005 e 2012 nos mandatos presidenciais de Lula e Dilma Rousseff, sai da prefeitura como um dos mais mal avaliados administradores da capital paulista.

O segundo turno das eleições em 2016 abrangeu um universo de 33 milhões de eleitores, pouco menos de um terço do total de votantes em 2014, quando Dilma Rousseff foi reeleita presidente com 54 milhões de votos, contra 50,5 de Aécio Neves (PSDB).

O senador mineiro tem sido apontado como o segundo maior derrotado político nestas eleições, depois do PT. Seu principal revés foi na capital mineira, onde João Leite, seu candidato, terminou à frente no 1º turno, mas levou a virada no segundo e perdeu a disputa para Alexandre Kalil (PHS).


A derrota política de Aécio se dá no contexto do PSDB e na disputa interna para ser candidato à presidência em 2018, já que o governador paulista Geraldo Alckmin – que bancou a candidatura vitoriosa de João Dória em São Paulo – deverá se apresentar como pré-candidato ao Planalto.

Fonte: Gospel+

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