sexta-feira, 31 de maio de 2013

Na íntegra: Silas Malafaia no programa do Ratinho


Nesta quinta-feira (30), o pastor Silas Malafaia foi o entrevistado do quadro "Dois dedos de prosa", no programa do Ratinho no SBT.

Na oportunidade, o pastor falou sobre diversos temas polêmicos, dentre eles, a prisão do pastor Marcos Pereira, homossexualidade e a minisfestação dos cristãos em frente ao congresso Nacional no dia 5 de junho de 2013 em Brasília.

confira na íntegra

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O que fazer quando a palavra não te impacta mais?
 
“O que você faz quando a pregação da Palavra não te impacta mais como antigamente?” Essa é a pergunta que me foi feita recentemente por um jovem sincero que aparenta estar buscando honestamente ao Senhor.

Muitos de nós conseguem se identificar com essa questão por já terem estado nessa situação. Nos lembramos do impacto que os sermões tinham sobre nós no passado – impressões fortes, convicções intensas, ilustrações poderosas – mas agora, nos sentimos como estátuas frias e inanimadas enquanto escutamos aos mesmos pregadores pregando os mesmos sermões. O que deu errado? Isso pode variar para pessoas diferentes, mas deixe-me sugerir algumas possibilidades.

1. Cansaço

A principal causa para uma escuta improdutiva da Palavra é a fadiga e, até mesmo, a exaustão. Trabalhamos muito e por muito tempo durante a semana. Nos sentamos e nos aquietamos pela primeira vez no Domingo pela manhã e, surpresa, nossas pálpebras começam a pesar como chumbo e nossos corpos começam a escorregar no banco da igreja. Uma hora extra de sono a cada noite pode reviver nossas almas.

2. Distração

Sábado à tarde e à noite são bons momentos para resolver pendências da semana e se preparar para a Segunda. Se não fazemos isso no sábado, estaremos fazendo pelo Domingo, mesmo que mentalmente, na igreja.

3. Indisciplina

Se nós não estamos lendo as nossas bíblias e orando de forma regular e disciplinada durante a semana, não podemos realmente esperar que estejamos espiritualmente sintonizados e sensíveis no domingo.

4. Pecado

Como pecados impenitentes formam uma barreira entre nós e Deus, precisamos nos certificar de que não há nada importante em nossas vidas bloqueando a bênção de Deus.

5. O pregador

Pode ser que o pregador esteja pregando uma série de sermões em um livro ou assunto que não se encaixa com as suas necessidades espirituais do momento. Apesar disso testar a nossa paciência, considerar o longo prazo pode mitigar nossa frustração. Não, você não precisa tanto dessas verdades/dessa série agora, mas pode guardar isso na sua mente e coração para quando precisar no futuro. Talvez nós possamos mortificar o nosso egoísmo orando: “Senhor, eu não estou absorvendo nada desse sermões mas estou grato por outros estarem e oro pela sua bênção sobre eles”.

6. Soberania

Deus pode estar testando a nossa fé ao nos deixar experimentar um período de frieza para com a Palavra. Nós andaremos pela fé até mesmo quando não há sentimentos nos ajudando no percurso? Nós escutaremos, confiaremos e obedeceremos mesmo quando não estamos sendo inspirados e movidos pela pregação?

7. Humildade

Deus também pode usar esses períodos para humilhar os nossos corações e nos mostrar quanta dureza ainda há em nós. “Estou ouvindo as mais belas verdades e isso me deixa frio como pedra. O pregador está derramando o seu coração nisso e eu nem posso ter certeza de que tenho um coração”. Essas experiências dolorosas revelam como ainda precisamos trabalhar a santificação dos nossos corações.

8. Encorajamento

O fato de estarmos incomodados com a nossa frieza espiritual é um sinal tranquilizador. Se estamos indiferentes sobre estarmos indiferentes, despreocupados com a nossa falta de preocupação, isso é, de fato, preocupante. Entretanto, o próprio fato de sentirmos e lamentarmos isso no mostra que Deus tem trabalhado em nossos corações. Podemos nos lembrar de quando olhávamos para a Palavra sem um mínimo de vida espiritual e isso não nos incomodava nem um pouco. Que isso nos incomoda agora e nos faz orar por uma transformação de coração revela um coração que já foi soberanamente transformado.

Traduzido por Kimberly Anastacio | iPródigo.com via Bereianos, para o DNA Gospel
 

domingo, 26 de maio de 2013

Líder de louvor: Você não é um Rockstar



“Mas quando lembramos Quem é a audiência realmente, alivia-se a pressão de agradar os homens.”

Eu uso “líder de louvor” apenas no sentido de me referir ao cara que lidera a música. É claro, a adoração musical é apenas uma parte do louvor que acontece no Domingo. É apenas uma das velas acesas, ao lado da adoração por meio da pregação, da comunhão, do serviço, da entrega e de estacionar nas vagas mais distantes para que os mais velhos estacionem mais perto.
Mas quando as pessoas falam que gostaram do “louvor”, geralmente se referem à “banda”. E o primeiro a evitar isso deveria ser o próprio líder de louvor. Assim, aqui estão quatro dicas para o líder de uma banda…

Você não é um rock star
tarefa do líder de louvor é não interferir na adoração, e redirecionar nossa atenção para Deus. Ele não fará isso se está mostrando sua habilidade de liderar. Líderes de louvor devem ser humildes. Devem se vestir com modéstia. Às vezes os músicos têm um estilo definido quando estão tocando durante a semana. Mas quando vão à frente, na igreja, sua marca pessoal é o mais importante. Quando um baterista reclama de ficar dentro do “aquário”, você já imagina que ele está mais interessado em se exibir do que em focar no Senhor. Quando o baixista pede por uma oportunidade de fazer um solo, aí está mais uma prima donna que você descobriu. O pastor precisa ser o principal responsável pela adoração musical. Se o líder da banda exige liberdade criativa, rejeita qualquer opinião dos líderes ou se torna impaciente com os limites impostos à escolha de músicas, então ele não é homem que você procura para essa tarefa. Ele precisa se inspirar em Etã, o ezraíta (veja o Salmo 89), não na Better than Ezra [Melhor que Esdras]

O conteúdo é o principal
O líder precisa entender que sua preocupação primordial é o conteúdo das músicas. Uma doutrina sólida deve ser a marca de cada letra. Ele pode até ter que mudar algumas letras para conformar a música ao padrão doutrinário da igreja; não há problema nisso.
Nós já fizemos isso em nossa igreja. O sentimental “He thought of me above all” [Ele pensou em mim, acima de tudo] se tornou o levemente mais correto “He showed His love above all” [Ele demonstrou Seu amor, acima de tudo]. Ao selecionar músicas e hinos para o culto, a preferência pessoal é um luxo. Se os grisalhos gostam de “Castelo Forte”, toque-a com alguma frequência. Se os músicos não gostam… e daí? Isso não é a banda de garagem dele, é o culto a Deus, feito pelo seu povo.

Menos é mais
A música está lá para apoiar a letra. Stuart Townend, músico muito conhecido, em um treinamento sobre louvor em Joanesburgo, falou a alguns líderes que, às vezes, é melhor se perguntar não “como eu deveria tocar para essa parte ficar melhor?”, mas “eu deveria tocar nessa parte?”. O que ele quis dizer é que há momentos em que é melhor silenciar os instrumentos e deixar as vozes da congregação encher o ambiente.
Serve como um bom lembrete que apitos, sinos e outros sons podem levar a congregação a se distrair. Exemplo: quando um guitarrista está fazendo um solo desnecessário, pense no que o resto de nós está fazendo. Estamos lá, em pé, assistindo. Penso que poderíamos usar esse tempo para admirar a glória de Deus na habilidade de sua criatura de improvisar. Mas na verdade, a maioria de nós fica só esperando a nossa vez de louvar a Deus.

Louve!
Os membros da banda não estão dando um show, estão adorando. Deus deve ser seu foco. É por Ele que eles chegam cedo para ensaiar e ficam até mais tarde desmontando os equipamentos. É por Ele que eles treinam, sozinhos, durante a semana. O Domingo é sua oferta para o Senhor. Eles precisam ser como o Little Drummer Boy e tocar o seu melhor para Deus (pa-rampam-pam-pam). Essa mentalidade também ajuda a banda a lidar com as reclamações das pessoas.
Na era do iPod, quando podemos ter todas as músicas que gostamos no bolso, na altura que quisermos, o estilo das músicas do louvor se torna um problema na maioria das igrejas.
Alguns querem ouvir mais o baixo, outros desejam que o baterista tire longas férias. Alguns gostam mais alto, outros querem ouvir suas próprias vozes. Esse tipo de coisa pode paralisar um líder. Mas quando lembramos Quem é a audiência realmente, alivia-se a pressão de agradar os homens.

Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com, para o DNA Gospel

sábado, 25 de maio de 2013

Entendes Tu o que lês?

Graça e Paz.


“E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: ENTENDES TU O QUE LÊS? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar?” At 8:29-31.
Encontramos nesta narrativa, logo no início da igreja como age o Espírito para revelar as Escrituras.
Na Nova Aliança sómente o Espírito Santo revela as Escrituras, como está escrito:
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” Jo 14:26.
A interpretação dos textos bíblicos, chamada de exegese, não é de particular entendimento humano. Sabemos que os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos bem como os caminhos de Deus não são os nossos caminhos. Como acima referi, a interpretação das Sagradas Escrituras, é obra do Paráclito.
Naquele dia em que Filipe, se encontrou com o etíope e lhe revelou a Palavra, foi com o objetivo de o conduzir à salvação. Deus não dá entendimento das Escrituras à curiosidade do homem, nem tão pouco a um título academico. Por esta razão é que nem todos entendem o que os textos bíblicos revelam.
No dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo se repartiu em forma de línguas de fogo sobre os discípulos e estes cheios do Espírito começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia, testificaram perante homens oriundos de várias partes da terra e na sua própria língua coisas concernentes a Deus, At 2:1-8.
Também nos dias de hoje, qualquer um pode, manifestar os dons do Espírito.
A leitura das Escrituras e a interpretação das mesmas depende exclusivamente da vontade de Deus. Nem todos podem compreender, como está escrito:
“Dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira nenhuma percebereis. Porquanto o coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente, e fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com os ouvidos ouçam, nem do coração entendam, e se convertam e eu os cure”At 28:26 e 27.
Na minha vida de pregador, algumas vezes fui impedido de fazer certas revelações das Escrituras, em virtude de o Espírito Santo não mo permitir. Ninguém pode saciar a fome e a sede a quem não manifestar necessidade, Mt 5:6.
Conhecer os mistérios de Deus depende da consagração de cada um.
Alegre é a pessoa que medita na Palavra de Deus , Sl 1:1. Sabemos que todo aquele que teme a Deus e tem intimidade com Ele, a esse Deus se revela.
Fraternalmente,
casal com uma missão, Amilcar e Isabel Rodrigues, para o DNA Gospel

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O evangelho da política e o ativismo da fé: as almas, as pessoas, as causas e os votos


A pregação do evangelho é uma atividade completamente distinta do ativismo. É baseada na fé em Jesus Cristo, tem como objetivo a salvação de almas, a transformação de vidas e tem a ver com o Reino dos Céus. O ativismo evangélico, ou qualquer outro, é baseado em posições políticas e tem como finalidade a defesa de ideologias, interesses de pessoas e de grupos políticos: é algo do reino da terra. Mostrando o desapego e a independência do Reino dos Céus e do reino da terra, Jesus disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.Mateus 22:21.
Jesus Cristo também disse: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. Marcos 16:15. Por si só, percebe-se que esta mensagem não é um chamamento para o ativismo, mas para a pregação. Quando Jesus mandou que fôssemos por todo o mundo, ele sabia que estava mandando também para lugares onde não teríamos cidadania, ou não seríamos bem recebidos, mas, ainda assim, deveríamos pregar. Mais do que isso, o Senhor Jesus disse: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome”. Mateus 24:9. Jesus Cristo deu a dica. Trata-se de uma tremenda ignorância desprezá-la. Por conta disso, fica evidente que a pregação do evangelho está associada a um confronto de posições que não agradam as pessoas que não querem rejeitar o pecado.
No meio do ativismo evangélico, ocorrem coisas semelhantes ao que sucede em todos os grupos políticos e que não podem ser atribuídas ao Evangelho. Neste caso, o nome evangélico ganha uma conotação de agregação de forças para fortalecer líderes que, no momento seguinte, sairão em defesa dos interesses que os convier. Dadas as contradições entre os frutos do evangelismo e do ativismo, os arregimentados para um movimento ativista, achando tratar-se de uma atividade evangelística, poderão ser frustrados.
Os que forem desavisados com relação à diferença entre evangelismo e ativismo poderão ter suas expectativas frustradas e terão o sentimento apontado no texto: “Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão”. Mateus 24:10. Como a política trabalha com interesses, os que pretendem propagar o Evangelho devem distinguir a diferença entre as atividades evangelística e política, para que não se envolvam em uma coisa usando a lógica de outra e se tornem instrumentos de manipulação alheia.
Os que têm a mente voltada para a política sabem lidar com estas situações com naturalidade, pois vivem em um mundo que cuida vigorosamente de interesses, muitas vezes dos próprios, mas tentando passar a ideia que estão cuidando do interesse coletivo. Neste aspecto, não é preciso ir muito longe para perceber o foco das pessoas. Basta seguir outro conselho dado por Jesus: “Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. Mateus 7:20.
A verdade é que uns buscam as almas, outros, seus interesses e outros, os votos. Nada impede de que os que buscam as almas, também busquem votos. Neste cenário, é importante que os comportamentos sejam bem distintos. A busca por votos e por alianças políticas não pode ser confundida com o objetivo evangelístico. As pessoas devem aproveitar as oportunidades de fazerem as suas escolhas e, com isso, não serem usadas politicamente por quem quer que seja. O que for focado no Reino dos Céus não deve se misturar com o que for baseado no reino da terra. A atividade evangelística e a política devem ser definidas de forma clara para que todos saibam que tipo de proposta estão aceitando.
Não me oponho a qualquer forma de ativismo sadio, respeitando a legislação brasileira, mas não gostaria que houvesse, por exemplo, recursos públicos para patrocinar ativismo de evangélicos. Isto porque, além de contemplarem uns líderes em detrimento de outros, promovendo a divisão, em nada contribui para a pregação da Mensagem da Cruz. É um exemplo para que outros grupos, ainda não contemplados com recursos públicos para a defesa de suas causas, possam exigir os mesmos direitos. Jesus não nos chamou para sermos ativistas, mas pregadores do evangelho. Os que apreciam a atividade ativista, podem exercê-la, mas não devem se esquecer que a pregação não é um discurso, mas uma mensagem que deve passar, necessariamente, pela Cruz de Cristo, por arrependimento, perdão e salvação.

Fonte: Rubens Teixeira Tags: política, para o DNA Gospel

quinta-feira, 23 de maio de 2013

E se João Batista  Fosse famoso?

Luzes, câmeras, multidão. Esta é a marca do sucesso. Esta é a dica de que algo está funcionando. Pelo menos é isso que a gente vê hoje em dia. João Batista era um “produto exportação” do seu tempo. Tinha até estilo exclusivo (“usava uma roupa feita de pelos de camelo e um cinto de couro e comia gafanhotos e mel do mato”, v.6). Hoje em dia isso aumentaria o seu sucesso e alavancaria os multiprodutos com a sua marca: Grife JB, Snacks em forma de grilo com gostinho de mel, artigos de couro do João, além da família de bonecos. Pelo menos quatro linhas de produtos de sucesso, sem contar os milhões de acessos garantidos nos reprodutores de mídia online que lhe dariam bons retornos financeiros com os patrocínios no seu canal exclusivo.

Ele tinha uma mensagem forte, tinha uma imagem forte, tinha uma presença marcante; ele tinha um público fiel, tinha influência sobre as pessoas, era popular. Ele tinha tudo pra ser a estrela da sua geração. Ele tinha seus seguidores, seus discípulos. Ele até foi confundido com o Messias que haveria de libertar o povo. Talvez muitos a sua volta o serviam, davam presentes, ofereciam seus “préstimos”. Tudo estava dando certo. Tudo estava correndo bem. Dá até pra imaginar o “ar” de satisfação de seus “assessores e diretores de marketing”.

No “auge da sua carreira”, entretanto, João faz uma declaração que poderia deixar todos perplexos. Ele diz que havia alguém “mais importante do que ele”. Isso não é uma coisa que uma celebridade pode dizer a qualquer um e a qualquer momento. Ele vai além: “não mereço a honra de me abaixar e desamarrar…”. Como pode João falar isso?! Primeiro, abaixar-se para alguém é um sinal de submissão; segundo, desamarrar as correias de uma sandália era função de um escravo bem “rebinha”, talvez o de mais baixo valor da casa; terceiro, ele diz que isso seria uma honra; quarto, ele reconhece que não merece tal honra. Que que é isso, rapaz!

No auge do sucesso João se coloca na mais baixa condição. Mas ele não se importa, nem treme, nem sua a frio, nem titubeia. Declara de boca cheia e com imensa convicção. Este antimarketing poderia causar um grande prejuízo nos empreendimentos com a sua marca e sua imagem. Mas ele não se importava, porque sabia que maior que o seu discurso era aquele a quem ele estava preparando o caminho. João sabia que mais valiosa que a sua popularidade era a integridade da sua missão. Sabia que o melhor lugar era estar aos pés de Jesus, mas que isso não dependia dos seus méritos, e sim da graça divina.

Ao avaliar o decorrer da história, logo chego à conclusão de que mais alto que o topo do mundo é o lugar onde reconhecemos que desamarrar as sandálias do nosso Senhor é uma honra, e não a merecemos.

Popularidade hoje é fácil de conquistar. Integridade e fidelidade à missão é uma outra história. Façam as suas escolhas.

“Muitos moradores da região da Judeia e da cidade de Jerusalém iam ouvir João. Eles confessavam os seus pecados, e João os batizava no rio Jordão… Ele dizia ao povo: – Depois de mim vem alguém que é mais importante do que eu, e eu não mereço a honra de me abaixar e desamarrar as correias das sandálias dele”. (Marcos 1.5-7)
 
Fonte: Rodolfo Gois é diretor pastoral do TeenStreet Brasil e pastor da IPIB de Maringá, PR, via PC Amaral, para o DNA Gospel

terça-feira, 21 de maio de 2013

PALÁCIO PARA DEUS?
 
   O Antigo Testamento está repleto de passagens que reiteram a importância do Templo para os israelitas. Para ele eram levadas as ofertas e sacrifícios. Nele o povo se reunia para adorar a Deus. Davi sonhou em construí-lo, mas foi Salomão que concluiu a obra, o que lhe rende grande fama até hoje. O templo era o centro do culto a Deus no Antigo Testamento, mas ao que parece essa visão ainda está presente em muitas igrejas atualmente.

Prova de que a centralidade do templo anda em alta no meio do povo cristão está patente aos olhos de quem contempla as megaconstruções, às vezes sem fim, de igrejas. A justificativa está quase sempre amparada em textos bíblicos do AT. No final das contas, quase todo o dinheiro arrecadado que sobrou das despesas fixas teve como destino a conclusão da obra (do templo, não de Deus).

Poucas heresias têm sido tão bem sucedidas como esta, que se tem disseminado entre as mais diferentes denominações sob o disfarce de glorificação do nome do Senhor, “que é santo, grande e belo, e por isso merece um palácio”, como alguns gostam de dizer. Na verdade, o que está por trás desse anseio que muitos líderes têm por ver suas casas de oração impecavelmente acabadas é a velha e conhecida vaidade, que causou a queda do homem e de Satanás e ainda faz estagnar ministérios limitados às quatro paredes, impecavelmente pintadas, por sinal.

Já perdi as contas de quantas vezes ouvi o mesmo discurso em torno do templo. Campanhas e mais campanhas são feitas para terminar aquela parte ali e começar aquela acolá. A coisa vira uma bola de neve e nunca tem fim. Os crentes se empolgam em torno da mais recente obra eclesiástica inaugurada, dão glórias a Deus e motivam-se ainda mais a contribuir para a conclusão do Palácio para o Rei dos reis.

Enquanto isso, a crise humanitária nas mais longínquas regiões do planeta, ou ali mesmo na esquina, passa despercebida. A seca, a violência urbana e a miséria na favela ao lado são assuntos retóricos, e se o Poder Público não faz, não se deve responsabilizar as igrejas. Fotos de missionários implorando por auxílio financeiro enfeitam as paredes do templo, e ex-drogados, ex-presidiários e ex-doentes são trazidos à baila com seus testemunhos para refrigerar nossas consciências e comprovar que a igreja está fazendo a coisa certa.

O discurso até pode variar, mas a prática é quase sempre a mesma. Algumas moedas para as agências missionárias carentes, um discurso retaliador a obras sociais supostamente ancoradas na Teologia da Libertação e o carnê da construção no bolso, e deste pro gazofilácio. Afinal, Deus é maravilhoso, e merece mármore, granito e, se possível, um santo dos santos como o que está descrito na Bíblia. E não se pode esquecer os bancos confortáveis para os membros fieis (leia-se dizimistas), ambiente climatizado para aumentar o conforto dos filhos da promessa e um púlpito digital para otimizar a mensagem pregada.

Onde é que estamos, Senhor? Que santidade é essa que pregamos que faz do supérfluo prioridade e transforma missionários em pedintes? De que parte do discurso de Jesus aprendemos que tu te importas mais com templos que com vidas?

Não estou aqui propondo que as igrejas deixem de investir completamente em seus edifícios, nem afirmando que comprar aparelhos de ar condicionado ou bancos acolchoados seja sempre futilidade. Sei muito bem que cada comunidade tem seu contexto e suas necessidades específicas. Estou perguntando a você e a mim mesmo, que somos a Igreja, onde estamos colocando nossos dízimos e ofertas. E presumo que a resposta não seja a mais satisfatória.

Pergunto-me se quando Cristo voltar as paredes dos templos irão encontrar com ele nas alturas juntamente com a Igreja. Acho que não. E tenho cá minhas dúvidas de que se trata de cegueira espiritual. Está mais para leviandade, comodidade e vaidade. E ouso afirmar que a Igreja será rigorosamente cobrada pela forma como tem tratado questões bíblicas urgentes e prioritárias.

“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos. Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”. Mt 25:41-46.

Fonte: Bereianos, para o DNA Gospel

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Deputado diz que prisão de Marcos Pereira foi planejada de má Fé
 
A Comissão de Direitos Humanos da Alerj estará apurando o caso para que o pastor não seja preso injustamente.

O deputado estadual Paulo Ramos (PDT-RJ) usou seu espaço na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para criticar aprisão do pastor Marcos Pereira, que ocorreu na noite da última terça-feira (7).

Para o parlamentar a ação da polícia foi orquestrada com o objetivo de ferir a imagem do líder religioso. Primeiro por ser uma delegacia de combate às drogas que deveria ter encaminhado as denúncias para a delegacia da mulher, o que não foi feito.

Ramos também lembra que tudo começou com as acusações de José Junior, coordenador do AfroReggae que anos atrás era aliado do líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias.

“Quem mobilizou a televisão? Quem mobilizou os meios de comunicação?”, questiona. O deputado do PDT acredita que toda a operação, que foi filmada por policiais, foi premeditada.

“Tudo o que está sendo divulgado não passa de uma grande armação. Com o propósito de alcançar a honra do pastor Marcos Pereira e tentar destruir a obra que ele vem construindo ou ao contrário, estabelecer um biombo em homenagem ao AfroReggae do senhor José Junior para que, inclusive com a cumplicidade da TV Globo, ele continue desviando recursos públicos”.

O deputado diz que a prisão de Marcos Pereira foi fundamentada em mentiras. Paulo Ramos critica a direção da Rede Globo e o coordenador do AfroReggae de estarem por trás de toda essa armação.

A Comissão de Direitos Humanos da ALERJ vai convocar tanto os acusadores do líder da ADUD como das vítimas e da delegacia que investigou o caso.

O deputado Gilberto Palmares (PT-RJ) apoiou a fala de Paulo Ramos para que a situação do pastor seja esclarecida. Como integrante da comissão, ele se comprometeu a investigar e analisar este caso.

“Isto ainda pode ser parte desta tentativa de promover conflitos religiosos”, disse o deputado comentando que há um esforço da mídia para colocar os evangélicos contra os católicos.

O deputado Marcelo Simão (PSB-RJ) pediu para comentar o caso dizendo que conhece Marcos Pereira, os trabalhos da ADUD, e que em nenhum momento encontrou algo que pudesse desabonar a imagem do líder. “Estou indignado com esta situação”, disse ele pedindo para que todos os deputados apoiem Pereira.

Assista neste video detalhadamente!

 

Fonte: Gospel Prime, para o DNA Gospel

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A simplicidade do evangelho e a sofisticação da Igreja


Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. (Apocalipse 2:4-5) 
 
O evangelho de Jesus Cristo é simples. Simples na forma e simples no conteúdo. A vida e o ministério de Jesus acontecem num cenário simples. Ele anunciou as boas novas do reino de Deus, demonstrou a presença do reino através de palavras, exemplos e ações. Convidou pessoas para estarem e aprenderem com ele. Sofreu as incompreensões do sistema religioso e político do seu tempo. Morreu e ressuscitou. Após a ressurreição, encontrou-se com seus discípulos e comunicou-lhes que recebera toda autoridade no céu e na terra, e que, como Rei e Senhor, enviou seus discípulos para anunciarem as boas novas, levando homens e mulheres a guardarem tudo o que ele ensinou, integrando-os numa comunidade trinitária por meio do batismo, e prometeu estar com eles todos os dias, até o fim.

 Alguns dias depois, no meio da festa de Pentecostes, 120 discípulos estavam reunidos em Jerusalém, e a promessa de Jesus se cumpriu. Todos foram cheios do Espírito Santo, começaram a viver a nova realidade anunciada por Jesus, saíram alegremente, por todo canto, pregando a boa notícia de que Deus visitou seu povo e trouxe salvação, justiça e liberdade.

A história seguiu e os cristãos foram se multiplicando, organizando igrejas, criando instituições, formas e ritos. Porém, as instituições cresceram e suas estruturas se tornaram mais complexas e sofisticadas. Transformaram-se num fim em si mesma. A simplicidade do evangelho foi substituída pela complexidade institucional.

C. S. Lewis, na carta 17 do livro “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz”, aborda o tema da glutonaria e afirma que uma das grandes realizações do maligno no último século foi retirar da consciência dos homens qualquer preocupação sobre o assunto, e isso aconteceu quando ele transformou a “gula do excesso na gula da delicadeza”. Para C. S. Lewis, o problema da gula, muitas vezes, não está no excesso de comida, mas na sofisticação, na exigência de detalhes em relação ao vinho, ao ponto do filé ou ao cozimento da massa. Fica impossível atender a um paladar tão sofisticado. A simplicidade do ato de comer dá lugar à sofisticação gastronômica. Pessoas assim, segundo o autor inglês, demitem cozinheiras, destratam garçons, abandonam restaurantes, cultivam relacionamentos falsos e terminam a vida numa solidão amarga.

Como igreja, corremos o mesmo risco. A simplicidade e pureza do evangelho já não provocam prazer na maioria dos cristãos ocidentais. A sofisticação da igreja, sim. É o vaso tornando-se mais valioso que o tesouro contido nele. Se a música não estiver no volume perfeito, o ar condicionado no ponto exato, a pregação no tempo apropriado, com conteúdo que agrade a todos os paladares e com o bom uso dos aparatos tecnológicos, talvez eu não me agrade desta igreja.

Justificamos a sofisticação com expressões como “busca por excelência”, “relevância”, “qualidade”. Parece justo. O problema é que a excelência ou a relevância do evangelho está exatamente na sua simplicidade. É cada vez mais fácil encontrar cristãos que acharam a “igreja certa” do que os que simplesmente encontraram o evangelho. A sofisticação da igreja mantém o cristão num estado de espiritualidade falsa e superficial. A maior deficiência do cristianismo não está na forma, mas no conteúdo.

A verdadeira experiência espiritual requer um coração aquecido e não sentidos aguçados. Precisamos elevar nossos afetos por Cristo, seu reino, sua Palavra e seu povo, e não os níveis de sofisticação e exigências institucionais. O vaso deve ser de barro, sempre. O tesouro que ele guarda, o evangelho simples de Jesus Cristo, é que tem grande valor. A sofisticação produz queixas, impaciência, falta de caridade e egoísmo. A simplicidade sempre nos conduz a compaixão, sinceridade, devoção e autodoação.
 
 
Autor: Pr Ricardo Barbosa de Sousa
Fonte: PC Amaral para o DNA Gospel

sexta-feira, 3 de maio de 2013

MALAFAIA FALA SOBRE A PERSEGUIÇÃO AO PR: MARCO FELICIANO


Em seu programa deste sábado (16), Vitória em Cristo, o pastor Silas Malafaia saiu em defesa do deputado Marco Feliciano (PSC) e criticou os partidos PT, PSOL e PCdoB, salientando que o motivo dos ataques não são diretamente contra o Pastor Feliciano, mas sim contra a igreja e os evangélicos.

O pastor Malafaia dedicou mais de 14 minutos de seu programa e, antes de começar a falar sobre o assunto, destacou que tinha divergências teológicas com Feliciano, mas que para ele não poderia ser motivo para permitir tamanha injustiça. “Uma vez que o motivo dos opositores não é diretamente o pastor Marco Feliciano mas sim a igreja”, justifica novamente.

Na avaliação de Malafaia, toda a polêmica em torno de Feliciano, fez uma cortina de fumaça, um jogo de cena arquitetada pelo PT, com intuito de esconder a posse José Genuíno e João Paulo Cunha, dois deputados julgados e condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no caso do mensalão, e que entraram para a CCJ (Comissão de Constituição e justiça).

Na avaliação de Malafaia, os partidos PSOL e PDdoB entraram no jogo do PT e fizeram a pressão, porque Feliciano sempre mostrou contrários as discussões e dos projetos defendidos de interesses deles. “Ativista gay é uma turma que mama nas tetas do governo e qualquer opinião contraria eles dizes que são homofóbicos”, disse Malafaia

Silas Malafaia se diz totalmente contrário a todas as polêmicas criadas em torno da vida e opiniões de Feliciano enquanto pastor. “O que tem a ver o que acontece na igreja, na casa do pastor com a CDHM? Querem julgar por uma frase e dizer que pessoa é racista e homofóbico. As interpretações bíblicas sobre os africanos, por exemplo, é uma vertente teológica que não concordo, mas é uma vertente teológica, uma opinião dele, não racismo”, finaliza.


ASSISTA DETALHADAMENTE NESTE VIDEO

Fonte: CP, para o DNA Gospel 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Estudo revela que frequentar cultos pode acrescentar até três anos de vida; Antropólogo diz que discoberta "é uma das mais impressionantes dos últimos anos"

O antropólogo e escritor T. M. Luhrmann publicou um artigo no New York Times sobre o efeito da religião sobre a saúde de quem frequenta cultos em igrejas cristãs.

Luhrmann realizou um estudo sobre o tema e publicou recentemente um livro intitulado When God Talks Back: Understanding the American Evangelical Relationship With God, ainda sem título em português (em tradução livre, pode ser entendido como “Quando Deus Responde: Entendendo a Relação dos Evangélicos Norte-Americanos com Deus”).

“Uma das descobertas científicas mais impressionantes sobre religião nos últimos anos é que ir à igreja uma vez por semana faz bem. Frequentar a igreja – e no mínimo, a religiosidade – melhora o sistema imunológico e diminui a pressão arterial. Isso pode acrescentar até dois ou três anos de vida. A razão para isso não está inteiramente clara”, diz Luhrmann.

No artigo, Luhrmann afirma que outros pesquisadores chegaram a conclusões semelhantes: “Um estudo realizado na Carolina do Norte descobriu que fiéis frequentes tinham redes sociais maiores, com mais contatos, mais afeição e mais tipos de apoio social do que as pessoas que não frequentavam igrejas. E nós sabemos que o apoio social está diretamente ligado a uma saúde melhor”, observa o antropólogo.

As doutrinas pregadas pelas igrejas também contribuem para uma vida significativamente mais saudável, segundo Luhrmann: “O comportamento saudável é, sem dúvida, outra parte. Certamente muitos fiéis lutam com comportamentos que gostariam de mudar, mas, em média, os frequentadores regulares de igrejas bebem menos, fumam menos, usar menos drogas recreativas e são menos sexualmente promíscuos do que os outros”, pontua.

A fé, para os cristãos, é algo que simboliza a crença no que não é visível, mas real. Para Luhrmann, a convivência com esse exercício pode proporcionar experiências positivas, com influências diretas na saúde.

“Qualquer religião demanda que você vivencie o mundo como algo mais do que é apenas material e observável. Isso não significa que Deus é imaginário, mas que, como Deus é imaterial, os que creem nele precisam usar sua imaginação para representar Deus. Para conhecer Deus numa igreja evangélica, você deve experimentar o que só pode ser imaginado como real, e você deve experimentar isso como algo bom”, conceitua o antropólogo.
Lurhmann diz que a comunidade científica tem “cada vez mais provas de que o que os antropólogos chamariam de ‘curas simbólicas’ têm efeitos físicos reais sobre o corpo. No cerne de alguns destes efeitos misteriosos pode estar a capacidade de confiar que aquilo que só pode ser imaginado seja real, e seja bom”.

Confira abaixo, a íntegra do artigo “Antropólogo realiza observações científicas a respeito do impacto da religião na vida das pessoas”, republicado pelo portal Uol:
Uma das descobertas científicas mais impressionantes sobre religião nos últimos anos é que ir à igreja uma vez por semana faz bem. Frequentar a igreja – e no mínimo, a religiosidade – melhora o sistema imunológico e diminui a pressão arterial. Isso pode acrescentar até dois ou três anos de vida. A razão para isso não está inteiramente clara.

O apoio social é sem dúvida uma parte da história. Nas igrejas evangélicas que estudei como antropólogo, as pessoas realmente parecem cuidar umas das outras. Elas apareciam com o jantar quando os amigos estavam doentes e se sentavam com eles quando estavam tristes. A ajuda às vezes era surpreendentemente concreta. Talvez um terço dos membros da igreja pertencia  a pequenos grupos que se encontravam semanalmente para falar sobre a Bíblia e suas vidas. Uma noite, uma jovem de um grupo no qual eu tinha entrado começou a chorar. Seu dentista tinha dito que ela precisava de um procedimento de US$ 1.500, e ela não tinha o dinheiro. Para meu espanto, nosso pequeno grupo – cuja maioria era de estudantes – simplesmente cobriu os custos, com doações anônimas. Um estudo realizado na Carolina do Norte descobriu que fiéis frequentes tinham redes sociais maiores, com mais contatos, mais afeição e mais tipos de apoio social do que as pessoas que não frequentavam igrejas. E nós sabemos que o apoio social está diretamente ligado a uma saúde melhor.

O comportamento saudável é, sem dúvida, outra parte. Certamente muitos fiéis lutam com comportamentos que gostariam de mudar, mas, em média, os frequentadores regulares de igrejas bebem menos, fumam menos, usar menos drogas recreativas e são menos sexualmente promíscuos do que os outros.

Isso corresponde às minhas próprias observações. Numa igreja que eu estudei no sul da Califórnia, a história de conversão mais comum parecia ser ter encontrado Deus e nunca mais ter tomado metanfetaminas. (Uma mulher me disse que ao esquentar sua dose, ela desencadeou uma explosão no apartamento de seu pai que estourou as portas de vidro. Ela me disse: “Eu sabia que Deus estava tentando me dizer que eu estava indo pelo caminho errado.”) Na igreja seguinte, lembro-me de ter ido a um grupo que ouvia uma mulher falar sobre um vício que ela não conseguia largar. Assumi que ela estava falando sobre sua própria batalha contra a metanfetamina. No fim, ela achava que lia romances demais.
No entanto, acho que pode haver outro fator. Qualquer religião demanda que você vivencie o mundo como algo mais do que é apenas material e observável. Isso não significa que Deus é imaginário, mas que, como Deus é imaterial, os que creem nele precisam usar sua imaginação para representar Deus. Para conhecer Deus numa igreja evangélica, você deve experimentar o que só pode ser imaginado como real, e você deve experimentar isso como algo bom.

Quero sugerir que esta é uma habilidade e que pode ser aprendida. Podemos chamá-la de absorção: a capacidade de se envolver em sua imaginação, de uma maneira que você goste. O que eu vi na igreja como um observador antropológico foi que as pessoas eram incentivadas a ouvir a Deus em suas mentes, mas apenas para prestar atenção às experiências mentais que estavam de acordo com o que elas considerassem ser o caráter de Deus, que elas consideram bom. Vi que as pessoas eram capazes de aprender a vivenciar Deus dessa forma, e que aquelas que eram capazes de vivenciar um Deus amoroso de forma vívida, eram mais saudáveis – pelo menos, julgando por uma escala psiquiátrica padronizada. Cada vez mais, outros estudos confirmam esta observação de que a capacidade de imaginar um Deus amoroso vividamente leva a uma saúde melhor.

Por exemplo, num estudo, quando Deus era experimentado como algo mais remoto não  amoroso, quanto mais alguém rezava, mais sofrimento psiquiátrico parecia ter; quando Deus era experimentado como próximo e íntimo, quanto mais alguém orava, menos doente ficava. Em outro estudo, numa faculdade cristã particular no sul da Califórnia, a qualidade positiva de um apego a Deus diminuiu significativamente o estresse e fez isso de forma mais eficaz do que a qualidade das relações da pessoa com outras pessoas.

Eventualmente, isso pode nos ensinar como aproveitar o efeito “placebo” – uma palavra terrível, porque sugere uma ausência de intervenção em vez da presença de um mecanismo de cura que não depende de produtos farmacêuticos nem de cirurgia. Nós não entendemos o efeito placebo, mas sabemos que é real. Ou seja, temos cada vez mais provas de que o que os antropólogos chamariam de “curas simbólicas” têm efeitos físicos reais sobre o corpo. No cerne de alguns destes efeitos misteriosos pode estar a capacidade de confiar que aquilo que só pode ser imaginado seja real, e seja bom.

Mas nem todos se beneficiam da cura simbólica. No início deste mês, o filho mais novo do famoso pastor Rick Warren se suicidou. Sabemos poucos detalhes, mas a perda nos lembra que sentir desespero quando você quer sentir o amor de Deus pode piorar a sensação de alienação. Necessitamos com urgência de mais pesquisas sobre a relação entre doença mental e religião, não só para que possamos compreender mais intimamente essa relação – as formas pelas quais elas estão ligadas e são diferentes –, mas para reduzir a vergonha daqueles que são religiosos e ,no entanto, precisam buscar outros cuidados.

*T. M. Luhrmann, professor de antropologia na Universidade de Stanford e autor do livro “When God Talks Back: Understanding the American Evangelical Relationship With God” [algo como: "Quando Deus Responde: Entendendo a Relação dos Evangélicos Norte-Americanos com Deus"] é um colunista convidado.

Tradução: Eloise De Vylder, para o DNA Gospel